quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Romântica aquarela!

Hoje eu acordei com saudade!
Saudade daquele tempo!
Saudade "daquela" você. Saudade "daquele" eu.
Saudade "daqueles" nós!
Que vivia intensamente a vida.
Que curtia intensamente o amor!
Sem dar a mínima para as amarras e para os "nós"!
Saudade daqueles nossos sorrisos
Sem se importar com as horas e com os compromissos.
Saudades daqueles nossos encontros furtivos e escondidos!
Onde fazíamos amor de um jeito louco,
Rápido, gostoso e lascivo!
Como era bom quando falávamos
Baixinho ao pé do ouvido
Até fazermos sussurros virar gemidos!
Ah! como era gostoso te amar daquele jeito.
Quase que sem respeito.
Apertando teus seios cheios de anseios
Em meu ansioso peito!
Como era gostoso tomar um cálice
Do doce vinho do desejo na taça do teu umbigo!
Como era prazeroso estar contigo!
Mas... se era tão bom, onde foi parar tudo isto?
Será que se perdeu entre o labirinto das neuras, dos ciúmes 
E das preocupações do dia a dia?
Bom! Se foi isto que ocorreu, façamos um trato:
Passemos nosso amor em limpos pratos!
E chega de viver como cão e gato!
Pois, a vida é bela e isto é fato.
Então, vamos viver como gata e gato!
E parafraseando os "Engenheiros",
Vamos usar nossa "highway" para causar bom impacto.
Porque a vida, meu bem, pode até ser curta
Mas, se resolvermos curtir cada momento dela,
Vamos transformar qualquer nuvem negra
Em uma romântica aquarela!
E tudo aquilo que foi bom no passado
Será vivido de novo no presente
E para sempre, se não dermos nenhum furo,
Por todo o nosso colorido futuro!

Percival Percigo Gomes