quinta-feira, 30 de maio de 2019

Entre o erótico e o platônico



Então tem uns momentos que me acho assim,
Perdido de paixão e desejo no meio de tantas coisas
Que existem entre o início e o fim...
E nesse hora, eu paro o relógio das neuras, dos traumas e das coisas ruins.
Esvazio minha cabeça de tudo
E assim, sem dar ideia para os “pra quês” e para os “porquês”,
Encho ela de você! Somente de você!
Mas, não sei porquê, nada te falo
E mais uma vez eu me calo...
Por que, pra quê preciso de outras coisas
Ocupando espaço em minha mente?
Se é só por você que meu coração se interessa.
E nesse êxtase mental ele navega sem pressa
Nas águas de mistério, ora calma, ora turva
No rio do teu corpo, nas ondas das tuas curvas.
E mesmo assim, nada te falo e mais uma vez, me calo!
E no abismo que mistura desejo no vermelho da tua boca,
Eu me encontro perdido, nesse perdido encontro
Entre o teu lado santa e o teu lado louca!
Quero te falar tanta coisa mas, não consigo dizer nada!
E o medo do meu lado menino, devora a libido da meu lado adulto.
Que absurdo!
Então, de novo eu me calo e nada falo
Com os pensamentos indecisos permutando entre as cabeças,
Às vezes, com a da mente, às vezes com a do falo.
Sabe... quero te abrir meu coração mas, minha boca não abre!
E mais uma vez eu fico, entre o erótico e o platônico
Te amando em silêncio
Entre desejos gritantes, paixões pulsantes
Sonhos loucos e delirantes e um amor afônico!