domingo, 13 de abril de 2025
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Madame de La Fontain
Madame
De La
Fontaine
A beleza da alma é a força mais
poderosa que existe no mundo.
Em Saint-Étienne, França, floresceu uma menina chamada Francine De La
Fontaine Huang. Sua mãe, descendente da realeza francesa, transmitiu-lhe a arte
da elegância e do comportamento refinado. Já o pai, de origem oriental,
ensinou-lhe as técnicas da yoga, do tai-chi-chuan e
da meditação.
Desde cedo, Francine se dedicou à
arte de viver com requinte e sofisticação, mas sempre com um toque de
compaixão. Ela aprendeu que a verdadeira beleza reside na bondade e no
altruísmo. Apesar de ter acesso a tudo que o mundo material podia oferecer,
Francine não se sentia completa. Ela observava a fome, a miséria e a injustiça
que assolavam o mundo e se perguntava: "como posso ser completamente feliz
enquanto muitos dos meus semelhantes sofrem e morrem de fome?"
Determinada a fazer a diferença,
Francine mergulhou nos estudos de filosofia, história e política. Ela buscava
compreender as raízes da desigualdade e encontrar soluções para os problemas
sociais. Ao longo de sua jornada, Francine encontrou diversos mentores que a
inspiraram e a guiaram. Ela aprendeu sobre a importância da educação, da saúde
e da igualdade de oportunidades como pilares para a construção de um mundo
melhor. Com o passar do tempo, Francine se tornou uma mulher visionária e
dedicada à causa humanitária. Ela ajudou a fundar uma organização que visava
combater a pobreza, a fome e a falta de acesso à educação.
Madame De La Fontaine, como era
conhecida, dedicou sua vida a promover a paz e a justiça social. Ela viajou
pelo mundo, palestrando e compartilhando sua mensagem de esperança. Sua
elegância e sabedoria inspiraram milhares de pessoas a se unirem à sua causa.
Madame De La Fontaine transformou vidas e lugares através das suas atitudes e
do seu modo de vida.
O destino, no entanto, com seus
caprichos, traçou um caminho inesperado para Francine. Um incêndio devastador
consumiu a fábrica da família De La Fontaine Huang, transformando em cinzas
anos de trabalho e sonhos. A tragédia não se limitou aos danos materiais: vidas
foram perdidas, incluindo a de muitos funcionários. Em meio à dor e à
devastação, Francine encontrou força para seguir em frente. Honrando o legado e
a promessa que fez aos seus pais, ela dedicou-se a cuidar das famílias dos
trabalhadores que perderam suas vidas no incêndio. Usando a fortuna da família,
Francine garantiu que todos tivessem o suporte necessário para reconstruir suas
vidas e se recuperarem, desta forma, dos impactos e das dores causadas pela
tragédia. Com o pouco que ainda sobrou,
Francine pagou o tratamento dos seus pais, que haviam sofrido severas
queimaduras por todo o corpo, e fez isso até o dia das suas mortes.
Mesmo após cumprir seu compromisso
com as famílias dos funcionários e também com seus pais, Francine ainda se
sentia incompleta. A tragédia a havia marcado profundamente, e ela buscava um
novo significado para sua vida. Decidiu então partir rumo à Índia para realizar
uma nova etapa dos seus trabalhos humanitários. E foi durante um desses
trabalhos que Francine conheceu um casal de empresários que se encantaram com
sua compaixão e dedicação em ajudar os mais necessitados e decidiram que um dia
ainda fariam algo em prol daquela garota de espírito nobre.
Quando souberam da tragédia, ficaram
tocados com toda a história, e decidiram convidar a jovem para morar com eles
em sua casa no sul da França. Nesse lugar, Francine encontrou um novo lar e uma
nova família. Os bons ares daquele lugar, deram a ela um novo alento e uma nova
perspectiva de vida. Ela se tornou tutora da jovem filha do casal, e dedicou-se
a educá-la com os mesmos valores de compaixão e humanitarismo que nortearam sua
vida. Ao longo dos anos, Francine se tornou uma figura querida e respeitada na
comunidade. Sua elegância e sabedoria inspiravam todos que a conheciam. Ela era
um exemplo vivo de que a beleza da alma é a força mais poderosa que existe.
Madame De La Fontaine, como era conhecida, dedicou sua vida a promover a paz e
a justiça social. Após recuperada do trauma, ela voltou a viajar pelo mundo,
palestrando e compartilhando sua mensagem de esperança. E foi com esse misto de
sapiência e elegância que Madame de La Fontaine conseguiu milhares de adeptos e
os fez se unir e se envolver nessa bela caminhada que é a de levar ajuda para
aquelas pessoas que realmente precisam. Após ter sentido que sua missão estava
completa, Madame De La Fontaine se casou com um rapaz que ela conhecera em uma
das suas atividades altruístas, cuja índole era tão boa e semelhante à dela.
Depois de se casar, mudou-se então para uma bela casa ao lado da residência do
casal que a recolhera e continuou mostrando para o mundo e para todas as
pessoas daquela cidade, através da sua história de elegância, sabedoria e senso
humanitário, que realmente, a beleza da alma é a força mais poderosa que existe
no mundo. Ela deixou para o mundo, um legado de sabedoria, filantropia, bondade,
fraternidade e um enorme senso humanitário!
Hoje, tanto em
Saint-Étienne, quanto numa cidade ao sul da França e também em alguns outros
países, existe uma estátua de Francine nas entradas das Sedes das Fundações
Humanitárias, idealizadas e fundadas por Madame de La Fontaine. Nos contornos singelos
e encantadores dessa estátua, a imagem de Francine e também dos seus ideais,
foram homenageados e perpetuados para a posteridade.
Que possamos então,
tomar como exemplo, a vida e as ações desta distinta mulher, que não ficou
apenas olhando o mundo através das janelas, mas que resolveu partir para luta e
mostrar que, para termos um mundo melhor, mais humano e mais justo, devemos
primeiramente, mudarmos as nossas atitudes em relação a tudo aquilo que nos
causa revolta e nos incomoda e principalmente, fazer algo para sairmos da nossa
zona de conforto. Só assim, deixaremos nossa indelével marca no mundo ao invés
de deixarmos somente pegadas na areia!
Percival Lelo Gomes
A batalha da fé contra o usurpador de almas
Introdução
A história a
seguir, se desenrola em um suspense envolvente, revelando os detalhes dos atos
terríveis cometidos por Tomazio em sua busca por vingança. O enredo explora os
temas da fé, da arrogância, da ira e das consequências devastadoras de ceder
aos nossos piores instintos.
Prepare-se
para mergulhar em um conto épico
que te prenderá do início ao fim, enquanto você acompanha a jornada dessa jovem
heroína em sua luta contra o mal, em uma aventura de suspense e
reviravoltas, onde a escuridão da alma humana se confronta com a força da fé e
da redenção.
Tomazio e
Benedeta
Uma história
de fé e redenção
Capítulo 1: O local escolhido
Em meio às
colinas verdejantes da Toscana, a pacata cidadezinha de Montepulciano guardava
um terrível, misterioso e macabro segredo. Um ex-sacerdote, Tomazio, consumido
pela amargura e rancor, havia feito um pacto com o “príncipe das trevas” e partiu
de volta para aquela cidadezinha, com um plano diabólico na cabeça, que
envolvia a alma da jovem Benedeta, uma freira inocente e até então, dedicada, à
obra de Deus.
Capítulo 2: Tomazio Moretti. O
Emissário do mal
Nascido na
cidade de Montepulciano, Tomazio Moretti cresceu em uma família modesta, seu
pai era alfaiate e sua mãe confeiteira. Desde cedo, Tomazio já demonstrava sua
vocação paroquial, participando ativamente dos trabalhos da igreja. Com o
passar dos anos, foi se envolvendo cada vez mais no voluntariado da igreja,
dedicando seu tempo e esforço para ajudar nas diversas atividades. Por sua
devoção, passou a atuar como "coroinha", desempenhando suas funções
com muito empenho e dedicação.
Desde jovem,
Tomazio mostrou-se voluntário e comprometido com os trabalhos da igreja.
Participava ativamente das atividades religiosas, auxiliando nas tarefas
necessárias para o perfeito funcionamento da comunidade paroquial. Seu espírito
de serviço e dedicação chamava atenção dos demais fiéis, que admiravam sua disposição
em ajudar e servir a Deus através do voluntariado religioso. Essa experiência
no voluntariado foi fundamental para fortalecer sua vocação e despertar sua
paixão pelo serviço à Igreja.
Com o tempo,
Tomazio foi progredindo em seu envolvimento com a igreja e teve a oportunidade
de atuar como "coroinha". Essa posição permitiu que ele se
aproximasse ainda mais das celebrações litúrgicas, desempenhando um papel
importante na preparação do altar e auxiliando o sacerdote durante as missas.
Sua dedicação e disciplina eram evidentes, e ele se sentia honrado em fazer
parte desse serviço tão significativo para a comunidade católica. A atuação
como "coroinha" consolidou ainda mais sua convicção de que a vida
religiosa seria seu caminho a seguir.
A frequência
nas missas e catequeses sempre foi uma prioridade na vida de Tomazio. Desde
criança, ele participava assiduamente das missas, alimentando sua devoção e
fortalecendo sua fé. Além disso, também se engajava com entusiasmo nas
catequeses, buscando aprofundar seu conhecimento sobre os ensinamentos da
Igreja. Tomazio compreendia a importância desses momentos de oração e formação,
que contribuíam para sua maturidade espiritual e o preparavam para os desafios
futuros em sua trajetória eclesiástica.
Apesar de
sempre ter sido um homem fervoroso em sua fé que se dedicava com afinco aos
trabalhos da igreja, Tomazio, no entanto, assim como todo ser humano, carregava
consigo um defeito que o atormentava: a prepotência e a mania de grandeza. Ele
se considerava superior a todos e isso lhe causava diversos problemas.
Seus
superiores na igreja, reconhecendo seu potencial, o advertiam sobre a
necessidade de mudar seu comportamento arrogante para que pudesse crescer como
pessoa e como emissário religioso. Mas Tomazio, cego por sua soberba, ignorava
seus conselhos.
Em um dia
fatídico, tomado por uma ira incontrolável, Tomazio explodiu. Com palavras
carregadas de ódio e desrespeito, ele insultou seus superiores e abandonou a
cidade, jurando vingança.
Durante
muito tempo, os moradores de Montepulciano não tiveram notícias de Tomazio. O
silêncio pairava sobre seu destino, alimentando a apreensão da comunidade. Até
que, em um dia sombrio, a história de vingança que Tomazio jurara se iniciou,
trazendo consigo eventos macabros que marcaram para sempre a história dessa
pacata cidade.
Capitúlo 3: O início da batalha
Tomazio, agora
dotado com seus poderes satânicos e totalmente corrompido pelas forças ocultas,
corrompeu Benedeta, distorceu sua fé e a transformou em um instrumento do mal.
Seduzida pelas falsas promessas e pela força sinistra que tomaram conta de
Tomazio, a jovem freira, mesmo dotada de uma fé tremenda, não teve forças
suficiente para combater aquele mal sozinha e acabou, involuntária e
temporariamente, sucumbindo às trevas, tornando-se a principal agente de Tomazio
em sua jornada macabra.
Juntos, eles
infectaram a cidade com uma onda de maldade. As crianças, antes tão puras e
alegres, tiveram suas almas tomadas pelas magias da dupla e se tornaram sombras
pálidas e aterrorizadas, tendo seus espíritos devorados pela escuridão. A
alegria se dissolveu no ar e foi substituída por um medo crescente que agora
pairava sobre a cidade de Montepulciano, envolvendo-a em uma névoa densa e
sinistra.
Capítulo 4:
Benedetta De Angelis:
A Alma Pura em Meio à Escuridão
Benedetta,
nascida na Ilha da Córsega, era filha de um pai italiano e uma mãe corsa. Desde
cedo, sua vida foi marcada pela fé e pelo serviço ao próximo. Aos 10 anos,
mudou-se com a família para Montepulciano, na Toscana, Itália. Lá, sua devoção
à Igreja Católica se intensificou, mas não se limitava às doutrinas e rituais.
Benedetta buscava algo mais profundo, uma "igreja sem paredes", onde
todos se unissem para o bem-estar social e espiritual da humanidade.
Sua
visão inovadora e seu compromisso com a caridade a tornavam um exemplo e uma
inspiração para muitos, especialmente para os mais jovens e para as crianças.
Sua pureza e bondade contrastavam com a escuridão que se aproximava. Tomazio
Moretti, um sacerdote corrompido por forças demoníacas, tramou um plano macabro
para se vingar da cidade. Vendo em Benedetta a personificação da inocência, ele
a escolheu como alvo de sua obsessão maligno.
Capítulo 5: Fé e redenção
Mas, nem
tudo estava perdido, pois mesmo tendo sida tomada momentaneamente pelas força
do mal, a alma de Benedeta pertencia a Deus e seu espírito bravamente resistia
a possessão total e sua súplica chegou em forma de clamor aos corações dos
jovens daquela cidade e tocou, com um poder que só quem tem fé sabe explicar, a
esperança que ainda persistia nos corações de um grupo de jovens cristãos.
Unidos pela fé, independentemente de suas crenças específicas – católicos,
evangélicos e até mesmo espíritas – eles se reuniram em uma missão desesperada
para salvar a sua amiga de fé e também a sua cidade e libertar de uma vez por
todas, as almas das crianças da possessão das forças do mal.
Em um ato de
fé inabalável, os jovens se dedicaram a um jejum constante seguido de orações
fervorosas. Seus clamores ecoavam pelas ruas de Montepulciano, combatendo a
escuridão com a força da luz divina. A batalha espiritual se intensificou, com
Tomazio e a possuída Benedeta lutando com todas as suas forças para manter o
controle da cidade.
Finalmente,
após dias de sofrimento e súplicas, a fé inabalável dos jovens finalmente
triunfou. A luz divina dissipou as trevas, e o poder atribuído a Tomazio e Benedeta
foi quebrado. A jovem freira, agora libertada da influência maligna, prostrou-se
de joelhos e caiu em lágrimas e em oração, enquanto o espírito maligno que
havia possuído Tomazio, foi derrotado, humilhado e lançado de volta ao abismo
de onde veio.
Capítulo 6: O desfecho
Tomazio,
após essa terrível experiência, enfim tomou consciência do mal que a sua
arrogância e rebeldia causaram. Pediu perdão para os líderes da igreja católica
e suplicou por uma nova chance. Hoje em dia, ele vive em um monastério na
Itália onde se dedica ao trabalho religioso em prol da sua própria recuperação.
A alegria
retornou a Montepulciano. As crianças, livres da maldição, puderam sorrir
novamente, e a cidade foi banhada por uma aura de paz e esperança renovadas. A
fé de Benedeta e dos jovens havia salvado o dia e também a cidade, provando que
até mesmo nas trevas mais profundas, a luz do bem sempre encontrará um caminho
para prevalecer.
Epílogo: O que ficou de tudo isso
A história
de Montepulciano serve como um lembrete poderoso da força da fé e da união. Ela
nos ensina que, mesmo quando as trevas parecem tomar conta, a esperança jamais
deve ser abandonada. Com fé inabalável e corações unidos, podemos superar
qualquer obstáculo e vencer qualquer mal.
A
sedução de Benedetta por Tomazio marcou o início de uma jornada árdua e
perigosa envolvendo fé e união. A jovem freira teve que usar toda a sua fé e
força interior para resistir às tentações do mal e defender os valores que
tanto prezava.
No
entanto, apesar de ter adquirido muita força durante a sua caminhada, Benedeta
acabou por sucumbir ao poder maligno que acompanhava Tomazio e por isso teve
que contar com a ajuda espiritual dos jovens daquela cidade aos quais ela
sempre se dedicou, sem olhar para qualquer bandeira religiosa. Sua história e também as dos jovens
envolvidos é um conto de bravura, fé inabalável e a luta incansável contra as
forças das trevas.
A
história de Benedetta De Angelis e de todos os jovens de Montepulciano, é um
lembrete inspirador do poder da fé e da força interior diante da adversidade.
Fria como uma lápide
Em Djajaperre, cidade vibrante e promissora sob o
sol ameno, onde o clima é sempre favorável para qualquer atividade, seja ela de
comércio, indústria, arte ou turismo, vivia Sybill Kaprinski, uma jovem de
cabelos e pele clara, herdeira de uma fábrica de mármore e granito. Seus olhos,
da cor da noite sem estrelas, contrastavam com o sorriso cálido que oferecia
aos clientes. Sybill, apesar de mostrar-se sempre sorridente para sua clientela,
era conhecida por sua frieza, gélida como as lápides que sua fábrica produzia.
Não era antipática, mas no entanto, não exalava perfumes em seus gestos e nem
tão pouco poesia em suas palavras. Era uma garota de poucas falas e muitas das
vezes, respondia apenas com monossílabos.
A
frieza de Sybill era um verdadeiro enigma para a cidade. Uns diziam ser herança
de seu pai, homem austero que comandava a fábrica com punho de ferro. Outros
murmuravam sobre um amor perdido, um coração partido que se trancara em uma
redoma de gelo.
A
fábrica prosperava sob a tutela de Sybill. Seus instintos aguçados para os
negócios e sua obsessão pela perfeição resultavam em obras de arte esculpidas
em pedra. Mármores translúcidos que pareciam capturar a luz do sol, granitos
com veios que contavam histórias milenares. A fama da fábrica se espalhou,
atraindo clientes de terras longínquas.
Apesar
desse enorme sucesso, Sybill permanecia distante. Seus dias transcorriam entre
a agitação e o barulho fábrica e a solidão silenciosa de sua casa, um mausoléu
de mármore branco onde vivia cercada por lembranças do pai e do amor que se
esvaiu. Sybill quase não falava da mãe, já que a perdera para uma rara doença
quando ela tinha apenas oito anos de idade. Desde então, ela fora criada pela
pai e educada pela sua aia, madame Duvivier, uma senhora de fala mansa e de
atitudes firmes que educava a pequena menina com conceitos inspirados na “Arte
da Guerra” de Sun Tzu e nos livros de poesias clássicas de grandes escritores
da Europa e do Brasil.
Um
dia, um escultor chamado Giorgio Adzurc, uma rapaz de corpo não muito atlético,
cabelos longos e negros como betume e de um sorriso fácil, chegou à cidade. Seus olhos, como brasas
ardentes, contrastavam com a frieza de Sybill. Giorgio era apaixonado por sua
arte, e via em cada pedra, desde o mais pequeno pedregulho até a mais enorme
das rochas, uma oportunidade de dar vida a suas emoções. Giorgio era conhecido
como o “poeta das pedras”!
Ao conhecer Sybill, Giorgio se encantou com sua
beleza melancólica e sua mente perspicaz. Intrigado por sua frieza, ele se
propôs a desvendar o enigma que a cercava. Com gentileza e persistência,
Giorgio foi quebrando as barreiras de gelo que Sybill havia construído em volta
do seu coração. Um dia, após muita insistência, Giorgio, enfim convenceu Sybill
a encarar juntos, um projeto de criar algo enorme, tanto em valor real, quanto
em valor histórico e cultural.
Juntos então, trabalharam em uma obra monumental:
uma escultura que iria representar a união do fogo e do gelo. Desta forma, a
pedra mais bruta daquela “floresta fria” de granito e mármore, se rendeu à
paixão de Giorgio e à expertise de Sybill, transformando-se em uma obra de arte
que emanava beleza e emoção. Ao ver a obra finalizada, Sybill se viu diante de
um espelho. A frieza que a aprisionava por tanto tempo se estilhaçou, dando
lugar a um calor que há muito tempo não sentia. Ela se rendeu ao amor de
Giorgio, permitindo que a brasa de sua paixão aquecesse seu coração gélido e
endurecido pelo tempo.
A história de Sybill se espalhou por Djajaperre e
por todos os arredores, inspirando a todos que a ouviam. A "Fria como uma
Lápide" se rendeu ao amor, mostrando que até mesmo o coração mais
endurecido pode ser transformado pela paixão. A fábrica de Sybill continuou
prosperando, agora com obras que emanavam não apenas perfeição técnica, mas
também a beleza, a poesia e a emoção de um amor renascido.
Sobre
Giorgio, ele era rapaz de sobrenome Moretti Adzurc, nascido
em Konya, Turquia, filho de mãe italiana e pai turco, Giorgio teve uma infância
rica em experiências culturais. Desde cedo, foi influenciado pela beleza dos
mármores de Carrara, cidade natal de sua mãe, para onde se mudou com os pais
ainda na adolescência, e pela paixão do pai pelas viagens, que tinha isso como
ofício. E foi justamente isso que o levou a conhecer lugares como o Brasil, a
Índia e a Caxemira, onde se encantou com beleza dos granitos. Após se formar na faculdade, Giorgio
dedicou-se à escultura em mármore, pedra-sabão e granito. Sua paixão pelas
artes plásticas e pelo artesanato era evidente em suas obras, que demonstravam
grande talento e criatividade. Com um
espírito aventureiro e desejo de conhecer o mundo, Giorgio levou suas habilidades
para diversos cantos do planeta. Sua vida era marcada pela busca incessante por
novas experiências e inspirações. Apesar de sua paixão pela vida, Giorgio nunca
se casou e não se prendia à ideia de relacionamentos duradouros do tipo “juntos
para sempre”. Ele preferia manter sua liberdade e independência, explorando o
mundo e seus diversos amores, sonhos e paixões, sempre com uma mente aberta e
coração aventureiro. Sua arte, fruto de uma vida rica em experiências e
culturas, serve para nos mostrar como é grande a beleza e a diversidade que
existe em nosso planeta. Essa visão e opinião sobre o amor e o casamento, mudou
completamente quando ele pisou em pés em Djajaperre.
Sobre
Sybill, no entanto, não se sabe o porquê que dela ter aquele comportamento frio
e distante, mas isso não importa mais, pois tudo acabou perdendo a sua relevância,
porque agora, para Sybill, Giorgio e todos os habitantes de Djajaperre, o que
importa mesmo, não é saber o motivo que a levou durante anos, viver presa em um
mundo frio e distante, mas sim a razão que a fez sair de vez daquela prisão de
gelo: o amor pela arte e pela vida!