Hoje, fui eu que acordei com saudades
Do que disse o poeta Ronnie Von.
E olha que mais de meio século já passou por este chão...
Ah! como eu gostaria que fosse mesmo
‘’ A mesma praça, as mesmas flores e o mesmo jardim’’
Tudo parece igual, mas algo nos deixa
triste
Porque pouco a pouco, alguns costumes
bons,
Estão sendo levados ao fim...
A praça é a mesma, mas as flores e o jardim, não!
Este, parece que anda na contra-mão.
Pássaros mudos, cigarras afônicas em
pleno verão.
Será que dias melhores virão?
Vivemos uma vida veloz e ao mesmo tempo, atroz.
Entre refeições fast food, bebemos café solúvel
Numa crise de espírito que nos parece insolúvel.
Não usamos xícaras e nem pires
Não temos tempo, sede e nem fome
De um bom bate papo numa roda de amigos.
Somos doentes faquires!
Neste caos moderno, entre fakes e fatos
Temos aparelhos cheios de aplicativos
E corações vazios de afeto e tato.
Vivemos de paixões momentâneas,
De amizades descartáveis
E nos alimentamos de mensagens e comida instantânea.
A pressa agora é amiga da perfeição, nessa geração ON!
ON no universo virtual e OFF no mundo real.
Como se reverte este quadro surreal, esta pintura de Dali?
Simples assim:
Trazendo pra nossa praça toda a poesia
e a graça
Que habita dentro de mim e que mora dentro de ti.
Se “a praça é nossa”, com nossa força não há quem possa!
Vamos espalhar sementes do bem
por todos os jardins.
Somos todos irmãos. Somos todos iguais!
Todo o sangue é vermelho, não importa a cor!
Não importa a raça!
Vamos semear o amor.
Vamos florir de novo a nossa praça!
Percival Lelo Gomes