domingo, 15 de maio de 2022

Entre solúveis, descartáveis e instantâneos

 Hoje, fui eu que acordei com saudades 

Do que disse o poeta Ronnie Von.

E olha que mais de meio século já passou por este chão...

Ah! como eu gostaria que fosse mesmo

‘’ A mesma praça, as mesmas flores e o mesmo jardim’’

Tudo parece igual, mas algo nos deixa triste

Porque pouco a pouco, alguns costumes bons,

Estão sendo levados ao fim...

 

A praça é a mesma, mas as flores e o jardim, não!

Este, parece que anda na contra-mão.

Pássaros mudos, cigarras afônicas em pleno verão.

Será que dias melhores virão?

 

Vivemos uma vida veloz e ao mesmo tempo, atroz.

Entre refeições fast food, bebemos café solúvel 

Numa crise de espírito que nos parece insolúvel.

Não usamos xícaras e nem pires 

Não temos tempo, sede e nem fome

De um bom bate papo numa roda de amigos.

Somos doentes faquires! 

 

Neste caos moderno, entre fakes e fatos 

Temos aparelhos cheios de aplicativos

E corações vazios de afeto e tato.

Vivemos de paixões momentâneas, 

De amizades descartáveis

E nos alimentamos de mensagens e comida instantânea.

 

A pressa agora é amiga da perfeição, nessa geração ON!

ON no universo virtual e OFF no mundo real.

Como se reverte este quadro surreal, esta pintura de Dali?

Simples assim:

Trazendo pra nossa praça toda a poesia e a graça 

Que habita dentro de mim e que mora dentro de ti.

Se “a praça é nossa”, com nossa força não há quem possa!

 Vamos espalhar sementes do bem por todos os jardins.

Somos todos irmãos. Somos todos iguais!

Todo o sangue é vermelho, não importa a cor!

 Não importa a raça!

Vamos semear o amor. 

Vamos florir de novo a nossa praça! 


Percival Lelo Gomes

 


 

 

 

 

 

 

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