sexta-feira, 10 de junho de 2016

Fio da Navalha


Já tive um peito dividido entre dois amores.
Um, que recebi em matrimônio entre alianças e abraços.
O outro, apareceu na minha vida com frases de sedução
E foi me envolvendo em seu perigoso laço.

Meu coração entrou em pânico. Minha mente entrou em pane.
E cai num campo minado.
Dum lado, um amor verdadeiro, leal e romântico.
Do outro, uma paixão intensa. Um veneno satânico!
Um lado me conquistava todos os dias
Com café na cama, poesia, perfume e chocolate quente.
O outro, me tentava com convites lascivos,
Propostas indecentes querendo que eu me matasse
Entre prazeres e pecados quentes!
Insana encruzilhada!
E, depois de tanto sofrer no meio desta cruel batalha,
Recebendo ataque dos dois lados.
Do lado amante e do lado amado.
Caminhando em terreno explosivo
E andando no fio da navalha
Tendo o peito e o corpo disputado
Pelo lado correto e pelo lado do pecado.
Resolvi fazer o que é certo e que optou o coração meu.
Fiquei com a aliança, com os “cafés e os chocolates” que recebi de Deus
E dei adeus aos manjares e aos vícios que tentaram me fazer desviar
Dos estreitos mas, abençoados e agridoces caminhos meus!
Caminhos que parecem ruins. Caminhos que parecem sem graça
Mas, que no fim das contas, é onde receberei a verdadeira Graça
E a grande recompensa.
Caminhos que me farão ver que meus crimes de guerra

Cometidos por mim nesta terra de prazer fugaz, 
Só me levaram para trás e realmente não compensa!

Percival Percigo Gomes


Nenhum comentário:

Postar um comentário