domingo, 28 de janeiro de 2018

QUANDO O FAZ-DE-CONTA ACABAR


E de repente uma nuvem negra, louca e atroz
pairou de sopetão sobre nós.
e te fez vagar nos caminhos tortos da dúvida
a querer provar outros corpos. cheirar novos perfumes
e a brilhar em outros campo como um louco vaga-lume.
Mudou o papo e transformou o look.
e postou um "novo relacionamento" no Facebook.
Esfriou na cama pra tentar sustentar a falsa ideia
de que não mais me ama. Meus deus! Quanta coisa insana!
e eu com raiva de tudo isto, cheguei até ficar com ciúmes.
Bah! mas, que bobagem minha pois, sei que isto não passa
de aventura passageira. Besteira assim não dura a vida inteira.
Daqui a pouco, lá virá você de novo com cara de panaca.
Vendo que tudo isto não passou de uma cilada.
Pois, quando a magia passa, o encanto acaba!
Diminuindo então todos os posts e todos os likes do Instagran.
Sentirá que nesta vida você não tem assim tanto fã.
E o whats app já não é tão "up" como era antes.
Cairá você na real. Sem seguidores no Tweeter.
Terá uma morte súbita na rede social.
Viverá dias nublados e noites frias.
Se encherá de tédio. Sem prazer e sem fantasia,
Perderá o brilho na vida real!
Verá então que somente comigo consegue ver
Todos os tons de cinza, em um amante à moda antiga
E sentir na pele a verdadeira atração fatal!
E pra não cair na besteira de falar coisas sem nexo
E deixar este poema muito complexo,
Concluo tudo isto assim:
Quando o faz-de-conta chegar ao fim.
O real tomar conta de ti e você cair em si,
Verá que o seu final feliz é mesmo junto de mim.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

No papel e na tela



Hoje eu sei porquê guardei tanto amor assim dentro de mim.
E porque não dei todo ele pra um outro alguém qualquer.
Foi pra que entre o bem-me-quer e o mal-me-quer dos canteiros da minha vida, 
ainda estava por vir
a orquídea rara pra enfeitar o meu jardim.
Pra alagar com teu mar de rosas toda a minha sequidão.
Pra pintar meu preto e branco com o escarlate da paixão!
E eu que pichava este amor
Nas fachadas e nos muros.
Escrevia sobre ele em papel puro,
Nas telas das paredes do colégio
E nos quadros negros em todos os tons de giz.
Hoje, declaro todo ele pra você
No instante em que meu olhar se perde no teu

E quando minhas mãos repousam nos teus quadris!
Ah!  Como você me faz feliz!
E me faz ver que,tudo aquilo que vivi
Antes achando que era amor,
Foram apenas meros ensaios.
Com você eu descobri o verdadeiro encanto
Do mês de maio!
Então,  vou escrever de novo no papel e na tela
Sobre essa paixão que me despertou pra realidade
Me fazendo ver que para amar
E para o amor, não há idade.
Tudo recomeça depois de cada fim.
E hoje eu sei porquê guardei tanto amor assim dentro de mim.
Foi pra tatuar todo ele com minhas próprias mãos,
Como arte abstrata, ou tinta de nanquim
Pelas curvas em papel de seda
E por toda a tela langue 
Da tua pele de cetim!

Percival Lelo Gomes

domingo, 26 de março de 2017

Convite especial

Eu acredito na vida após... um amor desfeito.
Porque sei que pra tudo nesta vida tem um jeito.
Então “bora” viver de novo. É pra frente que se anda.
Pra um amor morto, um novo amor posto!
E pode apostar que funciona. Deixa pra lá o que já foi.
A vida “é trem bala”, como já disse aquela canção
E passa oferecendo carona. Aceite, pra também ser aceito.
Vamos tocar em frente sem olhar pra trás
Porque os dias passam num “zás” e num piscar de olhos,
Tudo jaz!
Se a vida chegar em forma de vinho, não beba só um cálice não.
Beba todo o litro e deguste junto de alguém
Que se embriague de paixão também
E se a garrafa se esvaziar, peça logo outra pro garçom!
Viva intensamente cada momento de um amor profundo.
Só assim se sai do poço. Só assim se sai do fundo.
E isto não é um conselho. Isto é um convite.
Um convite especial.  Não hesite!
Se agarre em cada nova chance que a vida lhe der.
Pois, se você não quiser, ou se alguém não lhe quiser,
A vida vai achar rapidamente alguém que quer!
Não ande devagar. A vida tem pressa!
Mas, “leva um sorriso pois, você já chorou demais”.
Aceite este presente que está recebendo hoje
Pra viver agora, intensamente o "agora"!
E saia de cima deste muro
E esqueça o que já foi. 
Porque o melhor momento da vida
É este momento presente que a vida nos apresenta.
E o passado?  Bem...
O passado não tem futuro!

Percival Percigo Gomes




quinta-feira, 16 de março de 2017

Vazio Preenchido


Hoje, miro em teus olhos e entro no teu peito.
Passeio pelo teu coração mesmo sem permissão.
Atrevidamente navego em teus pensamentos.
E eis que, pasmo, acho uma confusão de sentimentos.
Sonhos e desejos misturados com medo e solidão.
“Um lado carente dizendo que sim “ para tudo
E um lado coerente, dizendo que não!
Tua cabeça cheia de vontades atrevidas
Teus olhos, sem brilho e um coração vazio de vida.
Não sei em que esquina da vida você virou e eu segui reto.
Ironicamente!
Você, querendo ir pra bem longe de mim
Mas, querendo me manter sempre por perto.
Só sei que hoje temos algumas coisas em comum
Porém, eu vou por outro caminho e você vai por um.
Tenho muitas perguntas mas, não tenho resposta pra nada.
Não sei se isto é uma libertação ou uma cilada.
E quando te olho nos olhos não sei se choro ou se sorrio
Diante deste imenso vazio. 

Porém,
Para preencher este vazio que tomou conta de você,
Deixo aqui uma proposta, se é que isto te importa:

O vazio da tua cabeça, preencha com pensamentos bons.
O vazio das tuas mãos vazias, preencha com as minhas.
E pro vazio que ocupa um espaço imenso no teu coração
E também no teu espírito, só há um jeito de ser preenchido:
Com o amor de Jesus Cristo!

Percival Lelo Gomes



domingo, 12 de março de 2017

"J" em movimento


Minhas filhas não atiram o pau no gato.
Minhas filhas têm bom coração.
Minhas filhas não têm medo da cuca 
E nem do bicho papão.
Minhas filhas valem mais que ouro e prata.
Minhas filhas têm bom sentimento.
Minhas filhas são jóias lapidadas.
Minhas filhas não são estáticas 
Elas têm um brilhante futuro 
E seguirão por uma boa rota.
Minhas filhas se escreve com "Jota".
Chegaram em minha vida na hora "H"
Do meu sentimento.
Elas são belas, são cores da aquarela
São poesia em prosa , versos e pensamentos.
Poemas que se renovam à todo momento.
Elas brilham no escuro pois, trazem na alma a luz
Do Nosso Cristo Jesus,
Minhas filhas têm talento
Minhas filhas são "J" em movimento

Percival Percigo Gomes

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Daquela você

Daquela você

Hoje me peguei de surpresa, pensando nos nossos “ontens”.
Quando, entre um beijo e um sorriso, fazíamos planos pros “amanhãs”.
Havia dificuldades sim. Havia problemas sim
Mas, nada nos impedia de comer pizza e de brindar momentos: tim! tim!
Íamos pro trabalho todos os dias confiantes que tudo daria certo.
Mas sem nenhuma ilusão pois, sabíamos que com a vida
Não se brinca não!
Íamos de busão, íamos de bike mas, com sorriso no rosto.
Afinal, nossa vida tinha muita cor e um amor cúmplice e franco.
E quando, Deus resolveu abençoar, saímos do vermelho,
Deixamos de ver a coisa preta e passamos a andar de carro branco!
Ficamos um tempo vendo tudo azul e vivendo uma vida cor-de-rosa.
E mesmo a vida não sendo um mar de rosa,
Tínhamos lá nossos dias de vento em popa!
Então saíamos pra comprar sapatos e roupas.
Quando eu chegava do trabalho, lá estava você
Preparando o jantar com um sorriso na boca e um certo brilho no olhar
E só de te olhar ali, suada naquela cozinha quente
Brigando com as crianças...correndo naquele sol quente do horário de verão,
Geeeeente! Quanta emoção!
Eu brilhava de alegria e gratidão por ter recebido você de presente.
Aos domingos íamos à igreja com as crianças ser gratos a Deus
Pelas bênçãos recebidas e louvar à Ele com amor e fé.
Pois, quando Deus nos dava uma "mão", sabíamos que tudo ia dar pé.
De repente, as coisas ficaram esquisitas e fora de ordem.
Então perdemos um pouco o rumo e saímos um pouco do prumo
Muita coisa mudou e muitas ficaram estranhas e amargas.
E hoje eu sinto falta daquela mulher que me tinha como tudo
E não me trocaria por nada.
Daquela menina que chorava nos meus ombros quando as coisas apertavam
E que eu carinhosamente contra o peito apertava.
Sinto falta daquele “eu” que te tinha como a única
Entre todos os vestidos, saias, meias e túnicas.
Sinto falta daquele “nós”. Sinto falta dos nossos braços
E das nossas pernas se entrelaçando em nós...
Sinto falta do teu “por que?”, do teu “pra que?”
Sinto falta até das suas implicâncias, do teu creme,
Dos teus bolos e até da tua TPM
Sinto falta daquele "quê"
Sinto falta daquela você!


Percival Percigo Gomes