segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Poema aleatório

Em cada verso que escrevo
Sempre tem um pouco de você.
Não importa do que eu falo,
O que eu sinto nem o que vejo,
Nas entrelinhas do poema
Entre “tils” , “cedilhas” e “tremas” .
Seja em Libras ou em Braille,
Seja em qual linguagem que eu fale.
No silêncio ou no escuro.
Escrito na tela ou pichado no muro,
Sempre terá aquele "quê"!
Porque em todos os meus “porquês”,
Sempre haverá um pouco de você!

E esse pouco que parece pouco,
Vai crescendo pouco à pouco
E, de repente, “não mais que de repente”,
Quando menos eu espero, assim sem mais nem menos.
Sem blá, blá, blá ou lero lero,
Esse pouco vai tomando conta do meu tema,
Quebrando todas as regras e mudando meu esquema.
Então este meu aleatório poema
Que lá no início não tinha nada a ver com você,
Resume em todas as suas linhas
E revela em seu epílogo, que tudo o que fazia
Era só “pra inglês ver”.
E todo mundo percebe que na verdade o que queria,
Era mesmo escrever
Mais um poema de amor
Para dizer o quanto eu gosto 
De amar você!

Percival Gomes



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