domingo, 3 de outubro de 2021

Quando chegar a tua vez

Quando tudo parecer abismo

Após um abalo sísmico

De densidade oito,

Não se misture nos escombros.

Seja afoito!

Este amontoado de corações partidos

E olhos no chão,

Gritam em silêncio por um pouco de amor e atenção.

Quando todos os pés vagarem a esmo rumo ao precipício,

Estenda suas mãos, cheias daquele amor do início.

Seja luz! Mostre a direção!

Seja oxigênio no meio desta poluição!

Quando estiver árido o solo das emoções

E baixa a umidade relativa das paixões e da amizade,

Seja aquela chuva serôdia, cheia de humanidade.

Espalhe benção neste deserto de maldições!

E... “Quando tudo for espinho", fetidez e dor,

E chegar a tua vez,

"Atreva-se a ser perfume e flor.”

 

Nesta terra repleta de demência e indecência,

Também tem espíritos cheios de carência

Em busca de socorro pra cura do seu mal.

Então, faça a diferença. Ouça mais. 

Acolha mais e fale menos

Seja mais “hospital” e menos “tribunal”.

Seja grande! Sonhe grande!

O mundo tá cheio e “anda cheio”

De corações pequenos!


Percival Lelo Gomes


2 comentários:

  1. Que palavras perfeitas para o momento que vivemos... tantos julgamentos...pouco acolhimento...
    Para se atrever a sentir e preciso mesmo se arriscar...

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  2. Bem próprio para era de individualismo e zero solidariedade em vivemos

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