quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Quero que saiba

 Há uma semente de um sentimento

Germinando no solo fértil do meu coração.

Forte, involuntário, poético e verdadeiro.

Feito com mais puro zelo. Sem nenhum gelo.

Não sei o nome que dou a ele.

Só sei que é imensurável!

Arrebatador!

E arrebata a dor!

Docemente manipulador,

Fez da minha razão, marionete

E do meu coração, tiéte.

É pueril em maldade. É adulto em vontade

E deseja ardentemente alguém desta cidade.

Mas, não é 

Um alguém qualquer

Que ele quer.

Ele quer você!

Porém, o teu coração já pode ser de alguém.

Mas, tudo bem

Não quero forçar a barra.

Não vou te forçar a nada.

Só quero e espero que um dia

Você seja a minha namorada.

Mais nada!

E isto é tudo

E eu quero apenas que saiba!


Percival Lelo Gomes


Imagem: http://divacratus.hubpages.com/hub/romantic-pillow-cases

 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Duplo Infinito ( Pra minha filha Jamille - ano 16)


 Já disse uma certa vez:

“Você chegou na minha vida na hora JOTA”,

E é isso que importa!

Tudo que veio antes, foi prefácio.

Foi anunciação

Da “Razão para eu querer” viver cem anos!

Desde dos primórdios, mesmo sem eu saber,

Deus já havia te colocado nos meus planos!

Você não veio ao mundo por engano.

Foi de propósito!

E teve um propósito,

Encher os meus vazios e colorir a minha vida

Com aqueles suaves encantos

Que só há na compleição de uma menina!

Daquele dia 12 em diante,

Te amar passou a ser minha sina.

Você é luz que me ilumina!

Teu nascimento, foi um acontecimento!

Você é ímpar!

Uma mensagem viva de paz, de amor e fé.

Um raro manuscrito, nunca dantes escrito.

Se eu tiver que dizer ao mundo, tudo aquilo que você é,

Seria necessário um duplo infinito!


Percival Lelo Gomes

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Criogenia Incandescente

 

Queria escrever um poema quente

Pra que, de um modo incandescente

Ele fosse queimar no forno do teu peito,

Do lado esquerdo mas, de um modo direito,

Pra deixar a marca deste meu amor perfeito!

 

Queria escrever uma poesia fria

Mas, sem nenhuma frieza.

Com versos conservados em criogenia

Que por mais que passe vários invernos,

Você sempre se lembre que meu amor é eterno.

 

 Percival Lelo Gomes

 

 

sábado, 23 de outubro de 2021

Stéreofônica

Como é que se doma

Enigmática dona

Este amor que não se cala

Mesmo que minha boca não fala?

Como é que se faz pra este pobre rapaz

Parar de criar poesia em plena luz do dia


Ao ouvir nas ondas do rádio

Uma voz apaixonante

Que perfura meu peito como um gládio?

 

Como é que se doma, radiofônica dona,

Esta paixão modulada na frequência dos beat

Que faz tua voz ser meu favorito hit?

 

De uma coisa eu sei, e eu falo sério!

Quero

Este canto de sereia que vibra incessante

No meu coração e nos auto falantes.

Sussurrando baixinho ao pé do meu ouvido,

Como um suave gemido,

Só que em estéreo!


Percival Lelo Gomes

 

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Desaniversario de namoro

 Agora deu ruim mesmo

Agora entendi que é tudo verdade.

Agora percebi que sou mais um coração perdido      

Nas noites desta cidade

 

Tem um lado da cama que tá frio

E só tem um travesseiro

E pra cair no choro, tô por um fio.

Só agora notei

Que só tem uma escova de dente

No armário do banheiro.

Justamente hoje que era pra comemorar

O dia em que nos conhecemos.

Em vez disso, em vez do riso, hoje o dia é de choro.

Neste desaniversário de namoro.

 

Só agora senti que ficou fria a  água quente do chuveiro.

Só agora senti que sinto tua falta

Já que não sinto mais o teu cheiro

 

 agora eu vi que não somos mais amigos no “Face”

E que recebi um block no zap

Só agora notei que tem apenas

Uma das canecas sobre a mesa

E que o Mickey e a Minnie

Já não podem mais se beijar

Depois do nosso café.

É...deu ruim mesmo.

Não vai dar pé.

Andar sem segurar tua mão,

Tá ruim mesmo essa tal de solidão.

 

Volte se puder, para me dizer um novo “sim”

Ou me procure pelos bares das quebradas

Para ver eu me matando aos poucos

Com cerveja, cigarro e gin.

  

Percival Lelo Gomes

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Noite vermelha {Tempestade}

E assim, como que vindo do nada,

Ela veio com tudo

E quase reduziu

Nossas vidas pela metade.


Tempestade!

De areia e terra.

Deixou nossa cidade

Com cara de pós-guerra.

O dia claro, ficou escuro.

Noite vermelha!

Em plena tarde de sexta feira.

E olha que nem era 13!

Vento cheio e com cheiro de perigo.

E jazigo!

Nos colocou medo e cobriu nossa vista.

Nos fez orar. Nos fez ver a vida

Sob um novo ponto de vista.

 

Ganancia! Falta de respeito!

Avareza!

Deixou fora de tom a nossa natureza.

Então, não teve outro jeito.

Ela reagiu!

De um modo como nunca dantes se viu.

O dia virou, em plena tarde de sexta!

Em plena luz do dia!

Noite vermelha!

Arrancou arvores,

Fez voar telhas.

E isto, foi só uma centelha.

Ou paremos e reparemos tudo agora,

Ou o fim de tudo, será apenas

Uma questão de hora!


Percival Lelo Gomes



segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Esta parte do meu corpo

 Existe uma parte do meu corpo

Que toda vez que eu toco,

Me lembro de você!

Esta parte é quente

E reage ao toque e às emoções.

Pulsa forte quando é estimulado

Pelos desejos e pelas paixões.

 

Esta parte do meu corpo,

Fica ali tranquila em repouso

Mas, quando te vejo, escuto a tua voz

Ou sinto o teu perfume,

Fica quente e brilha como uma vaga-lume

E incendeia a minha escuridão.

Esta parte do meu corpo,

É o meu coração!


Percival Lelo Gomes