No meio da madrugada ela surge
Não sei como. Não sei de onde.
Não sei seu nome.
Só sei que esta misteriosa dama
Invade meu quarto e se faz dona
Dos meus lençóis.
Me aperta, me desperta e me deixa alerta.
Me afoga em beijos. Me deixa assim sem voz...
E com meus dedos deslizo pelo seu tobogã
Despindo seu corpo da sua seda preta.
Se desmanche de prazer debaixo do seu galã
Deixa eu cobrir você com a minha silhueta.
Vem minha cúmplice da madrugada.
Deixa eu fazer a minha ronda
debaixo do seu vestido.
Vem me tirar do seco.
Deixa eu te deixar molhada.
Vem minha cúmplice da madrugada.
Vem fazer amor comigo!
Quando você não vem invadir meu terreno,
Minhas pernas estrangulam meu travesseiro.
Meus dedos substituem o seu corpo
neste momento.
Só você me dá prazer. Mesmo em pensamento.
Quando sinto um fogo subindo pela barriga,
É sinal que você vem vindo
pra debaixo do meu edredom
Ser cúmplice deste crime que compensa
Onde as armas desta paixão intensa
São apenas o óleo de amêndoa, o perfume,
Os pêlos, a pele e o batom
Percival Lelo Gomes
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