Dentro de mim há uma chama
Mas, não é chama de paixão.
É uma chama que me chama
Para os confins da destruição!
Minha cabeça dói. Maldita peste.
Minha temperatura assoma o Everest.
Faz um calor imenso mas, sinto frio.
Sou luz acesa neste estado febril.
Sou palha de um velho casebre
Sob a ameaça do fogo febre!
Quero dormir e não consigo.
A insônia é um forte inimigo.
Apesar do meu corpo estar quente,
Minha alma chora, fria e demente.
Sou palha de um velho casebre
Sendo queimado pelo fogo febre!
Voam-se as horas e aumenta o tédio.
A dor é grande! Uma Eurásia!
Busco cura. Não acho o remédio.
Isto não é vida nem eutanásia.
Sou palha de uma velho casebre
Em chamas com esta febre!
Há tanto calor, já não resisto.
Meu corpo sofre neste clima misto.
Vai-se o fogo deste corpo mal.
Se apossa dele o frio mortal.
Sou palha de um velho casebre
Todo queimado pelo fogo febre!
Percival Percigo Gomes
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