terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Doce Veneno

DOCE VENENO.

Entrou pelos meus lábios 
Através dum beijo! 
Com uma língua bumerangue!
Se espalhou pelo meu corpo, 
Pela minha alma e pelo meu sangue!
Contaminou!
Dominou e paralisou meus atos,
Esta coisa efervescente como Eno.
Fatal! Gostoso! 
Doce veneno!
E como cantava Ritchie,
Eu me atrevo agora em dizer:
"menina...você tem um jeito sereno de ser".
Onde quer que esteja. 
Onde quer que eu vá, 
"só dá você, só dá você"!
E eu, então contaminado,
Fico à mercê dos seus afagos.
Mulher estricnina,
Quem prova do seu veneno, 
Não quer morrer de paixão
Em outros braços!

Percival Percigo Gomes

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