Eu, que já fui cego e adorei coisas fúteis
E inúteis, por este mundo afora,
Consigo ver tudo de bom agora
Quando olho no teu coração!
Eu, que já tive amores vazios , sem mel e sem cio.
Sem calor e sem pavio. Sinto-me cheio agora
De um desejo tépido de hora em hora
Quando ouço o pulsar
Do teu coração!
Eu, que já passei noites errantes
Nesta estrada de sentimentos mutantes.
De seres noturnos com atitudes em turnos
Que se apaixonam de noite e se maldizem de dia,
Parei e repouso agora no porto seguro
De um amor puro
O porto do teu coração!
E agora com o meu corpo aquecido
Com o teu calor humano que tanto me apraz,
Com minh’alma leve pela oração breve
Que do teu sorriso sai,
Quero te amar por muito tempo ainda
E por muito tempo ainda,
Quero me acalmar na tua paz.
Quero também me extasiar mil vezes
Com o vinho desta inebriante paixão.
Que mora na adega do teu coração!
Percival Percigo Gomes
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