Pintura a óleo
Perigo! Perigo!
O rio precisa de abrigo.
Os tubos vomitam seus ácidos.
As águas perdem sua grife.
Suas margens se enchem de plásticos.
Seu leito vira uma imunda esquife!
Em seu espelho vagaroso e opaco,
Latas, pneus, garrafas e detritos
Encenam uma marcha fúnebre.
Não há vida e nem peixes
Onde a draga alcança.
Mas, somente uma massa fétida
De papel, químicas e lodo lúgubre!
Em desespero o rio tenta fugir...
Não encontra a porta...
E quem se importa?
Pintura a óleo!
A cidade inconsequente
Loucamente imita a arte
E pinta na tela das águas
Natureza morta!
O rio está morrendo.
Mas, a cidade está crescendo (?).
E muitos não querem nem saber...
Coitado de
TI
ETÊ!
O tempo urge e solução não surge.
Precisamos alguma coisa fazer
Para evitar que este mal cresça
E o "apocalipse" ao rio desça.
Em preces mais uma vez digo:
Perigo! Perigo!
A cidade precisa de amor.
O rio precisa de abrigo!
Percival Percigo Gomes
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