sábado, 30 de janeiro de 2016

El Camiño








No fim do túnel há um túnel
E deste túnel, outro túnel. 
Assim caminha a humanidade.
Transitando de túnel em túnel.
Num corredor de almas em promiscuidade.
Sequência de maldade...
No coração da cidade 
O aborto é parto sem maternidade.
E a liberdade se confunde com libertinagem.
Desnorteada viagem 
De corações doentios e espíritos de espinhos.
Que tem a escória como bagagem 
E um túnel no fim do caminho. 
Pessoas se trombam mas não se encontram.
Se olham mas não se enxergam.
Caminhos tortos!
"Vivos vagam sobre o chão dos mortos.
 Mortos entre os visos vagam na terra!"
Palco de guerra!
Onde a paz não mais se encerra
Essa raça humana já era!
O purgatório a espera 
Para julgar suas almas,
Aproveitar sua essência 
Ou bani-las de vez da esfera...
Não! Espera! 
Parece que há uma solução?
Ah! Não! Foi engano.
O futuro É negro e o horizonte é fúmeo
E no fim do túnel Há um túnel!

Percival Percigo Gomes 

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